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Na água e no ar: parques da Flórida têm novas quedas radicais; conheça

Mônica Souza

Do UOL, na Florida (EUA)*

04/02/2015 20h13

O que é mais emocionante: deslizar por água abaixo em um tubo após uma queda quase vertical ou mergulhar de cabeça, de uma altura superior a 100 metros, a 96 km/h?

Para tentar responder à questão, a reportagem do UOL Viagem foi conferir de perto duas novas atrações do grupo SeaWorld na Flórida, Estados Unidos.

Descendo pelos tubos
A primeira experiência foi no Aquatica, onde está a Ihu's Breakaway Falls: o mais alto, mais íngreme e único escorregador multiqueda do gênero em Orlando. A princípio, tudo tranquilo. Atravesso o parque colorido, repleto de tobogãs, piscinas, espreguiçadeiras e uma linda praia artificial. Um oásis aquático dentro da cidade.

Chego então aos pés de uma torre que em seu topo abriga a saída de quatro tobogãs. Subo os 126 degraus até o mirante, de onde se tem uma visão espetacular em 360° de todo o parque, a uma altura de 25 metros.

Vejo três cabines, cada uma abrindo caminho para uma aventura diferente. Escolho a azul para começar. Entro na cápsula e sigo as instruções. Em pé, cruzo pernas e braços. A porta se fecha e então percebo o som interno, semelhante às batidas do coração.

Com o dedo faço o sinal de positivo, indicando que estou pronta. Daí são apenas alguns segundos até o chão se abrir. E eu literalmente desço pelo cano. Uma queda quase vertical seguida de várias curvas por um tubo ora escuro, ora iluminado pela luz externa. Tudo muito rápido e intenso, terminando em um grande "splash" na pista final.

Bryan Nadeau, vice-presidente do Aquatica, ressalta que há algumas atrações semelhantes em outros parques, mas o que torna a Ihu´s única é o fato das cabines serem viradas uma para as outras, permitindo que as pessoas se encararem e assistam à queda de seus parceiros.

Nadeau revela também que a queda de cada tubo é diferente, proporcionando experiências distintas. O laranja é o mais longo, enquanto o azul tem maior inclinação. O verde é um intermediário entre os dois. E há ainda um quarto escorregador, o roxo, que não possui cabine de queda, mas é o mais íngreme de todos.

Assim, só me restou uma alternativa. Subir novamente e conferir as outras quedas. A melhor? Prefiro ficar em cima do muro e dizer que a grande diversão é encarar a descida dos quatro toboáguas.

Mergulhando como um falcão
A segunda experiência foi no Busch Gardens, que fica a pouco mais de uma hora de Orlando, na cidade de Tampa. Lá está a Falcon's Fury que, como grande parte das atrações do parque, é inspirada nos movimentos de animais - neste caso, no do ágil falcão.

A atração tem um elemento surpresa: no topo, os aventureiros giram 90graus e ficam de cara para baixo, em uma posição de mergulho, e despencam em velocidade e potência nunca experimentadas antes. Além disso, é a mais alta do tipo na América do Norte.

Na base da torre há uma estrutura circular com 32 assentos ao seu redor. Sento em uma das cadeiras e aguardo o início da subida, que é lenta, permitindo uma bela visão das outras atrações do parque, que vão ficando pequeninas. As pessoas lá embaixo vão diminuindo e viram “formiguinhas”. No horizonte observo o centro de Tampa e até mesmo a cidade vizinha de St. Petersburg.

De repente, um estalo indica que chegamos ao topo dos 102 metros e então a estrutura gira e nos deixa encarando o chão. A posição dura alguns segundos e então despencamos a uma velocidade 96 km/h. A queda é surpreendentemente suave e agradável.

A Falcon’s Fury é a atração principal da área reformulada do Busch Gardens, a Pantopia. É uma espécie de vila no centro do parque, antes conhecida como Timbuktu. Lá estão atrações clássicas como as montanhas-russas Scorpion e Sand Serpent, a Phoenix (barco viking que vira de cabeça para baixo) e diversos brinquedos infantis.

Mais informações: http://pt.seaworldparks.com/home.aspx

* A jornalista viajou a convite do SeaWorld Parks & Entertainment