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Serra Gaúcha

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Parques



Aldeia do Papai Noel - Em Gramado. Várias atrações num parque de 90.000 m², aberto o ano inteiro. 'Papai Noel vem sempre aqui para trocar os veadinhos', brinca um guia. E os raros animais de origem européia que puxam os trenós natalinos estão de fato lá, vivos, saltitantes, não em cera ou empalhados. Tem Fábrica de Brinquedos, Chalé dos Ursos, a casa alemã de Papai Noel, Praça de Neve com grandes bonecos e um mirante para o Vale do Quilombo. O parque tem milhares de pontos de luz entre as árvores, o que torna o cenário ainda mais mágico ao entardecer. Rua Bela Vista, 353, tel: (54) 3286-7332, www.papainoel.com.

Alpen Park - Em Canela. Fonte de adrenalina para adultos e crianças, o trenó desce cerca de 600 m de curvas, sendo que freios manuais vão controlando a velocidade. Com chuva, a atração é suspensa. Nos carrinhos fabricados na Alemanha cabem uma ou duas pessoas. Com 60 hectares, o parque tem mirante, lanchonete e estrutura para arborismo e tirolesa. Estrada São João, 901, tel: (54) 3282-9752, www.alpenpark.com.br.

Parque do Caracol - Em Canela. A Cascata do Caracol despenca de uma altura de 131 m e os corajosos podem descer até a base do aguaceiro, 937 degraus depois. Um dos mais antigos da região, o parque dispõe de observatório ecológico com elevador panorâmico e restaurante. A natureza pode ser desvendada em trilhas a pé ou de trenzinho. Na RS-466, tel: (54) 3278-3035.

Parque do Teleférico - Em Canela, distante 500 m da entrada do Parque do Caracol. O ponto mais alto do teleférico (cadeiras para duas pessoas) fica a 850 m de altitude. A principal visão é a da Cascata do Caracol, no percurso de descida da linha, que tem 415 m de extensão. São três mirantes, com pequena trilha na mata, onde se descortina o bonito Vale da Lajeana e dá para enxergar os visitantes no parque vizinho se aproximando da cascata. O parque oferece também a tirolesa. Estrada do Caracol, Banhado Grande, tel: (54) 3504-1405, www.canelateleferico.com.br.

Parque Aldeia do Imigrante e Labirinto Verde - Em Nova Petrópolis. No parque, com área de 10 hectares, destacam-se a arquitetura enxaimel do Salão Tannewald, o chope gelado do Biergarten e um retorno à história dos colonos alemães, de 1870 a 1910, com recuperação de casas e móveis da época. Na Praça da República está um dos novos símbolos da cidade gaúcha, um labirinto circular feito de ciprestes cuidadosamente podados. Não há risco de topar com um Minotauro lá dentro, e adultos podem dispensar o novelo para encontrar o caminho de volta, já que a altura das paredes verdes é pouco superior a 1 m. Ambas as atrações se localizam na av. 15 de Novembro, no centro da cidade.

Construções Históricas



Caminhos de Pedra - Em Bento Gonçalves. São cerca de 70 casas, capelas e conjuntos arquitetônicos erguidos pelos primeiros imigrantes italianos, conservadas por um projeto cultural que abriu 14 delas para visitação. As demais são para observação, desde o pátio ou a estrada. Algumas famílias mantinham os animais no porão de pedra, para protegê-los do frio, e a produção de grãos no sótão. Mais informações sobre visitas e roteiros em www.caminhosdepedra.org.br.

Juliana Doretto/Folha Imagem

Catedral da Pedra, em Canela

Catedral de Pedra - Em Canela. Erguida e decorada aos poucos, desde os anos 50, a catedral revestida de lajes de basalto é um dos cartões-postais da Serra Gaúcha. Seus contornos pontudos lembram igrejas góticas européias. O interior é espaçoso e fresco, colorido por grandes vitrais em tons de vermelho e azul que destacam Nossa Senhora. A torre tem 65 m e no carrilhão estão 12 sinos italianos em bronze. Praça da Matriz, 53, tel: (54) 3282-1132, www.catedraldepedra.com.br.

Igreja São Bento - Dizem que gula é pecado. Uma igreja em formato de pipa de vinho, pode? Em Bento Gonçalves, pode. O imenso barril de concreto e madeira tem 13 m de altura e 22 m de diâmetro. Os símbolos da vitivinicultura avançam até os bancos onde sentam centenas de fiéis, nas missas. Fica num parque aprazível, próxima de um monumento com grandes figuras humanas, bois e carreta em bronze que homenageia os 130 anos da imigração italiana no Estado. Praça Achyles Mincarone, tel: (54) 3452-1093.

Templo budista - Em Três Coroas. De longe, parece uma montagem de filme do Tibete escondido entre os morros do extremo sul do mundo. Não é apenas um templo de cores fortes, são vários relicários, estátuas e casas de devotados ao budismo no terreno com jardins. Nos interiores, o assombro persiste com os detalhes da decoração, das esculturas e pinturas que representam Buda. Um vídeo de curta duração explica a história do Chagdud Gompa Khadro Ling aos visitantes. Estradinha de chão íngreme até chegar lá. Estrada Linha Águas Brancas, 1211, tel: (51) 3546-8200. www.kl.chagdud.org.

Passeios



De jardineira - O ponto alto do trajeto de uma hora e meia pelo centro e bairros de Gramado é o Lago Negro, uma relíquia natural em torno da qual se instalaram pousadas e restaurantes sofisticados. A trilha costeando as bordas é breve, na companhia de árvores cujas mudas foram trazidas da Floresta Negra alemã, mais azaléias no inverno e hortênsias no verão. Um passeio nos pedalinhos em forma de grandes cisnes brancos torna as coisas ainda mais bucólicas. Existem imagens do local com neve por todos os lados. Jardineira das Hortênsias, av. das Hortênsias, 1710, tel: (54) 3286-9324, www.jardineiradashortensias.com.br.

De Maria Fumaça - O trem foi construído nos Estados Unidos em 1941, tem seis carros (vagões) e percorre 23 km de Bento Gonçalves a Carlos Barbosa, e vice-versa, com velocidade máxima de 40 km/h. Até aqui a descrição serve para qualquer passeio de trem. Agora vem o diferencial: trata-se de uma viagem para dar risada, cantar e dançar com os músicos e artistas que percorrem os vagões.

Os turistas são recepcionados na estação de Bento Gonçalves com uma deliciosa degustação de vinho. Ao soar o sino, todos embarcam nesta viagem repleta de alegria e que traduz o jeito de ser dos imigrantes italianos. A festa é conduzida por atrações típicas italianas e gaúchas. Horários e reservas com Giordani Turismo, tel: (54) 3455-2788, www.giordaniturismo.com.br.

Raízes coloniais - Viagem ao interior de Gramado, como as localidades de Linha Nova e Linha Bonita, onde moram descendentes dos primeiros colonizadores. A zona rural reserva montanhas cobertas de verde e casarões de madeira centenários, além de museus familiares e degustação de produtos típicos. Parte da diversão está no transporte do grupo, feito em ônibus Chevrolet dos anos 50, que ficam estacionados na Praça das Comunicações, centro de Gramado, tel: (54) 3295-9100, www.agenciaterraturismo.com.br.

Festas populares e festivais



Fenavinho Brasil - Em Bento Gonçalves, em janeiro e fevereiro dos anos ímpares. A festa, que existe desde 1967, passou a congregar produtores de vinho de vários Estados. Entre as atrações estão exposições de arte, cursos de degustação e gastronomia, shows de música e feiras das vinícolas; www.fenavinhobrasil.com.br.

Festa da Colônia - Em Gramado. Trata-se de uma celebração gastronômica que coloca na vitrina os saborosos produtos das pequenas propriedades rurais: pão, salame, queijo, vinho, suco, leite, mel, geléias e tantos outros. Do forno de barro saem cucas com uva e coco derretidos. Chope e bolinho de batata, naturalmente, ganham um estande de grandes proporções. Com shows de música e danças folclóricas e desfile de carretas. Na Praça das Comunicações, tel: (54) 3286-1475 e 3286-3211, www.festadacoloniagramado.com.br.

Festival de Cinema - Em Gramado, em agosto. Filmes nacionais e estrangeiros, curtas e longas-metragens, competem pelos Kikitos, a estatueta do prêmio. Um clima de tietagem toma conta da cidade, e a gritaria se concentra nas noites frias diante do Palácio dos Festivais, graças à presença de atores, atrizes e das celebridades do momento. A programação inclui debates e sessões de cinema em vários horários, também nos bairros; www.festivaldegramado.net.

Festival de Teatro de Bonecos - Em Canela, em junho. Bonecos e bonequeiros de diversos estilos e países tomam conta das ruas, das praças e de três auditórios: o Teatro Municipal, a Casa de Pedra e o Teatro Laje de Pedra. É o turismo dos mais lúdicos e ternos, um ingresso voluntário na fantasia para crianças e adultos. Tem marionetes, miniaturas, bonecos gigantes, grupos nacionais e estrangeiros com longa ficha de prêmios na arte de humanizar pedaços de pano, espuma e madeira; www.bonecoscanela.com.br.

Natal Luz - Em Gramado, de novembro a janeiro. A cidade se veste de vermelho, verde e dourado, capricha na iluminação e atrai milhares de turistas numa época em que as regiões serranas perdem pontos para as praias. Com desfiles, shows de fogos, espetáculos de música, dança e teatro à noite, espalhados por cartões-postais como o Lago Negro e o Lago Joaquina Bier; www.natalluzdegramado.com.br.

Museus e exposições permanentes



Castelinho do Caracol - Em Canela. O casarão de madeira foi erguido entre 1913 e 1915 pela família Franzen. Um recorte antigo de jornal define o estilo arquitetônico como 'misto de cottage escocesa e casa alpina do Tirol'. Salas no primeiro e segundo piso exibem o fino mobiliário de antanho, cristais e porcelanas, instrumentos musicais, roupas e brinquedos como antigos patinetes. O casarão serviu de locação para o filme "As Filhas do Fogo', de Walter Hugo Khouri, "uma história de erotismo e terror", como prometeu o cartaz. Mas não é mal-assombrado, pelo contrário, o verde em volta chega a ser luminoso. A casa de chá serve um generoso apfelstrudel, cozido em fogão a lenha. Estrada do Caracol, km 3, tel: (54) 3278-3208, www.castelinhocaracol.com.br.

Amarílis Lage /Folha Imagem

Cidade miniatura no Minimundo

Minimundo - Em Gramado. O Castelo de Neuschwanstein, na Baviera, foi finalista no concurso das novas Sete Maravilhas do mundo. Neste adorável museu de miniaturas, o castelo levou nove meses para ser erguido e se impõe na paisagem. As construções (casas, ferrovias, praças) numa escala 24 vezes menor do que o tamanho original nasceram como presentes do pedreiro alemão Otto Hoppner para os netos brasileiros. Elas se multiplicaram desde os anos 80: estão ali as prefeituras de Freiburg e Leer, as Igrejas de Stuttgart-Berg e Wassen, a estação ferroviária de Friedrichshöhe. Com movimentos e efeitos sonoros. Entre as miniaturas da arquitetura brasileira, a Igreja de São Francisco de Assis, de Ouro Preto, e a Usina do Gasômetro, de Porto Alegre. Não deixe de ir. As obras ficam expostas ao ar livre, mas nem a neblina compromete tanta beleza concentrada. Rua Horácio Cardoso, 291, tel: (54) 3286-4055, www.minimundo.com.br.

Mundo a Vapor - Em Canela. Na fábrica de papel em miniatura, pedaços de pinus ou eucalipto geram misturas esbranquiçadas que perderão as fibras, depois a água, passando por prensa e secagem a altas temperaturas. "Acompanhei a fabricação deste papel na menor fábrica de papel do mundo", diz a lembrancinha entregue aos visitantes. Entre chaminés fumegantes, réplicas de locomotivas e até um raro relógio a vapor, os guias explicam as estações da olaria, da siderúrgica, do engenho de cana e da usina hidrelétrica. Também está ali uma réplica do primeiro trator agrícola a vapor, de 1907, que pesava 15 toneladas e foi aposentado precocemente porque mais prejudicava o solo do que ajudava na agricultura. O parque temático impressiona desde longe: na fachada está uma grande locomotiva de ponta-cabeça, como despencada das alturas, alusão a um acidente ocorrido na Gare de Montparnasse, em Paris, em 1895. Na RS-235, tel: (54) 3282-1125, www.mundoavapor.com.br

Museu do Imigrante - Em Bento Gonçalves. Em 1975, ano do centenário da imigração italiana, o governo da Itália presenteou o museu com uma réplica da Loba Romana, símbolo da fundação de Roma. São dois andares com acervos de documentos, fotografias, mobiliário, roupas e objetos que contam a história da cidade. Rua Herny Dreher, 127, tel: (54) 3451-1773.

Parque Epopéia Italiana - Em Bento Gonçalves. Os visitantes são conduzidos por atores em grandes cenários e telões que reproduzem a trajetória dos imigrantes italianos desde a viagem de navio até a dura adaptação no Brasil. Estão lá as primeiras habitações na mata e o nascimento da cidade. Na entrada, vitrinas mostram as roupas de homens e mulheres italianos em várias etapas, desde meados do século 19. Ao final do percurso, os atores oferecem degustação de vinhos, sucos e biscoitos. Rua Visconde São Gabriel, 507, tel: (54) 3454-1789. www.giordaniturismo.com.br.

Gastronomia



Café colonial - A mistura de opostos começa nas bebidas: vinho colonial branco e tinto, café, leite, chocolate quente, suco e chá. A mesa começa a ser preenchida com pães, geléias, mel, nata, manteiga, e logo surgem os salgados, nos salames, presuntos, queijos, morcela branca, preta ou vermelha, pepino e chucrute. Mais salgados, agora quentes: empadas, pastéis de queijo ou palmito, bolinhos de batata, lingüiça grelhada, frango e polenta fritos. Cansou? Tem mais doces: bolos de chocolate, limão ou cerveja, cucas, trouxas de maçã, uma meia dúzia de tortas, mais pudim, ambrosia, mousses. Quindim, claro, para arrematar. Ou frutas da época. O "café" vale por um almoçou ou jantar, ou os dois juntos. Entre as casas mais tradicionais estão o Café Bela Vista, em Gramado (www.belavista.tur.br) e o Opa's Kaffehauss, em Nova Petrópolis (www.cafecolonialopas.com.br/opas.html).

Vinhos e espumantes - As vinícolas da Serra Gaúcha, em geral, estão abertas para vistas e oferecem degustação. Significa que o ritual varia muito. A Garibaldi (www.vinicolagaribaldi.com.br) e a Peterlongo (www.peterlongo.com.br), por exemplo, fazem a gentileza da 'sabrage', a quebra do bico da garrafa com um golpe de espada, para lembrar as conquistas de Napoleão nas adegas alheias. Na Aurora (www.vinicolaaurora.com.br), o tour pelas pipas e tanques de inox é precedido por um vídeo.

Taças de vidro aguardam os clientes na Marco Luigi (www.marcoluigi.com.br) e na Don Laurindo (www.donlaurindo.com.br), e nestas adegas os próprios donos ou seus descendentes expõem as qualidades da bebida. Na Salton (www.salton.com.br) e na Miolo (www.miolo.com.br) as instalações são grandiosas, enquanto na Vinhos Michele Carraro as próprias paredes pertencem a uma antiga pipa. Valduga (www.casavalduga.com.br) e Don Giovanni (www.dongiovanni.com.br) têm restaurantes e pousadas: bebendo demais, dá para descansar por ali mesmo. Existem, portanto, degustações e varejos para todos os gostos, bolsos e tempos de visitação.

O destaque fica no Vale dos Vinhedos, um dos roteiros mais procurados na Serra Gaúcha, pois é o endereço do maior número de vinícolas e dos empreendimentos de maior representatividade nacional do setor. No total são cerca de setenta associados, entre eles vinícolas, hotéis, restaurantes, ateliês de arte, queijarias, cafés e o memorial do vinho. A coordenação do roteiro é realizada pela Aprovale - Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos. Sua área compreende parte dos territórios dos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. Mais detalhes tel: (54) 3451-9601, www.valedosvinhedos.com.br.

Compras



Produtos típicos - É difícil controlar o excesso de bagagem com tantos tipos de vinhos, espumantes, licores artesanais e sucos de uva nas lojinhas das vinícolas. Os queijos, salames e embutidos são apelos paralelos. Em Carlos Barbosa, a Fetina de Formaio tem especialidades como salame de javali, parmesão doce, queijo ao vinho, queijo com nozes... o atendimento é aos gritos e a degustação serve migalhas, não pedaços, mesmo assim vale a visita, na rua Rio Branco, 167, www.queijariavalbrenta.com.br; em Bento Gonçalves, a Casa da Ovelha compõe o roteiro turístico num casarão de 1917 com apresentação de vídeo e observação dos animais, ovelhas de origem francesa. O leite produz iogurtes e queijos especiais, além de um doce de leite de sabor transcendente; Linha Palmeiro, s/nº, www.casadaovelha.com.br.

Couro, malha e lã - Faz séculos que os gaúchos se preparam para o inverno rigoroso, o que significa um vasto conhecimento na confecção de luvas, cachecóis, gorros, sobretudos, casacos, jaquetas, palas (um manto típico, de lã grossa, com abertura única no pescoço, sem mangas). A qualidade dos produtos, do design à combinação das cores, em geral passa pelo crivo de visitantes europeus, também eles especialistas em frio. As lojas das capitais sulistas se abastecem no interior do Estado e, como os turistas, conseguem na Serra preços mais em conta. A cidade de Nova Petrópolis é famosa pelas suas malhas, e a cidade de Igrejinha, pelas roupas e calçados em couro.

Atualizado em Setembro de 2011
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