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Porto Seguro

Praias


A escolha do hotel pode levar em conta o tipo de praia que está nas redondezas. Algumas têm agito e trilha sonora em volume alto da manhã à noite, enquanto em outras a freqüência de turistas é mais tranqüila.

Do sul para o norte, a praia do Cruzeiro não tem maiores atrativos (é para onde corre o rio Bunharém), Curuípe tem ondas fracas na enseada protegida por recifes e Itacimirim, ao lado, a 3,5 km do centro da cidade, possui águas calmas e areia fina. Com coqueiros na paisagem, Mundaí é recomendada para mergulhos e suas piscinas naturais na maré baixa atraem famílias com crianças, que dispõem também de bebidas e comidinhas nas barracas.

Fernando Badó/Folha Imagem

Encontro do rio Caraíva com o mar
Itaperapuã é o ponto da badalação, dia e noite, com aulas e apresentações de lambaeróbica desde a manhã e baladas e luaus diversos até de madrugada. A queima de calorias e a paquera começa na areia, nas quadras de vôlei e futebol de praia, e prossegue dentro d'água, nos aluguéis de caiaques e passeios de banana-boat. Faz divisa com a praia de Ponta Grande, de ondas fortes e recifes de coral, de onde partem lanchas de passeio. Na mais reservada praia do Mutá, na ponta norte, quase no município vizinho de Santa Cruz Cabrália, partem escunas para Coroa Vermelha e também passeios de ultraleve.

Naturistas e descontraídos em geral precisam tomar o rumo do sul - ou sair de Porto Seguro - em busca de privacidade. No distrito de Arraial D´Ajuda, a ponta sul da praia de Pitinga e a praia do Taipe garantem algum isolamento cercado de falésias e ondas fortes, para quem prefere ficar relaxando pelado ao invés de rebolando com roupa colante.

Vida noturna


Em 2006, Porto Seguro recebeu dos leitores da revista "Viagem e Turismo" a segunda melhor nota em "vida noturna", atrás de São Paulo e à frente do Rio. A cidade reúne diversas opções, a começar pela Passarela do Álcool: ao ar livre, sem vista para o mar, em frente a restaurantes de cardápio trivial. Na Passarela, circula a bebida que atende pelo nome de capeta, a mistura de vodka com pó de guaraná, leite condensado e adendos ao gosto do barman.

A cada noite, depois da passadinha na Passarela, tem uma festança nas praias próximas. Segundo o site www.portonight.com.br, os principais destinos de balada são a Axé-Moi (dois palcos, quatro restaurantes), em Itaperapuã; Barramares (dois palcos, casamento cigano no luau, cozinha regional ou internacional), em Itaperapuã, onde o rio encontra o mar; Tôa Toa, de novo em Itaperapuã (lambaeróbica e banda própria); Transilvânia (noite do terror para seis mil pessoas); Alcatraz (boate com "celas" para encontros mais privados, música eletrônica e forró também) e a Ilha dos Aquários. Nesta, o folião se diverte na companhia de tubarões, lagostas e moréias, confinados em aquários gigantes, naturalmente. Tem até orquidário e labirinto de cristais.

Em Porto Seguro, dá para descontar o atraso de meses sem vida social. O lugar promove uma "vida noturna de resultados", digamos. Está aí o segredo da nota alta dos leitores.

Parques e reservas indígenas


Parque Nacional do Monte Pascoal - Ao sul de Porto Seguro e de Trancoso, em Caraíva, o Parque Nacional do Monte Pascoal preserva a Mata Atlântica em cerca de 14 mil hectares, cortados pelos rios Caraíva e Corumbau. Um dos acessos à aldeia dos índios pataxós que vivem ali se dá pela bonita praia de Barra Velha, que também dá nome à reserva indígena. Outro acesso ao parque é pela BR 101, no km 796. Os pataxós fazem as vezes de guias pela mata, levando os turistas até o Monte Pascoal numa trilha íngreme de 1,5 km de extensão. Considerado o primeiro ponto de terra firme avistado pela tripulação de Pedro Álvares Cabral, o topo do Monte Pascoal (era Páscoa, na época, em 1500) fica a 536 metros de altitude. Escalada e mergulho são alguns dos esportes praticados nessa área administrada pelo Ibama.

Reserva Pataxó da Jaqueira - Comunidade indígena receptiva a visitas na Costa do Descobrimento. São 827 hectares destinados à preservação ambiental na Mata Atlântica. A Associação Pataxó Ecoturismo organiza passeios completos, com boas-vindas e contação de histórias numa oca, shows de dança e música. Uma cerimônia com bênção precede as caminhadas pelas trilhas e, ao final, os pataxós, que também trabalham como artesãos, servem o prato típico da aldeia, peixe assado em folha de patioba. As visitas podem ser agendadas pelo telefone (73) 3672-1058.

Horto Histórico-Florestal do Rio da Vila - Criado em 1999, fica na região central de Porto Seguro, na praia do Cruzeiro, está o Horto Histórico-Florestal do Rio da Vila.

Reserva do Pau-brasil - Na zona rural, entre Eunápolis e Porto Seguro, a visita à reserva requer agendamento. Essa árvore nativa foi o primeiro objeto de desejo dos exploradores europeus. O centro avermelhado de seu tronco coberto de espinhos, a partir do qual os índios retiravam corantes, ajudou a tingir uma infinidade de tecidos exibidos na Europa. A madeira também foi bastante aproveitada na indústria naval européia. Na época do Brasil Colônia, os troncos eram armazenados na praia de Mundaí, o que a tornou alvo de piratas.

Arraial D'Àjuda Eco Parque - Na categoria "parques aquáticos", em que toneladas de cimento, plástico, cerâmica e filtros a motor foram acrescentados aos recursos naturais, vale a pena se divertir nos toboáguas enormes, lagoas artificiais e piscinas com ondas do Arraial D'Àjuda Eco Parque, no distrito vizinho, na praia de Mucugê, acesso pela Estrada da Balsa, km 4,5, telefone (0 XX 73) 3575-8600. Ali também se pratica arborismo, rappel e escalada.

Passeios de barco


Porto Seguro (e o Brasil) surgiram para o mundo, em 1500, graças à indústria náutica portuguesa. Fazer um passeio de barco não deixa de ser uma homenagem àqueles corajosos homens do mar e, também, uma forma prazerosa de tomar distância da terra para tentar ver o relevo e a mata verde que tanto impressionaram os viajantes.

Parque Marinho de Recife de Fora - Do cais da Tarifa, na Passarela do Álcool, partem passeios para o Parque Marinho de Recife de Fora. As saídas dependem da maré, sendo que as melhores épocas coincidem com as de lua cheia ou nova. O acesso à vasta área de recifes se dá por botes. A maré baixa permite mergulhar nas piscinas e observar uma importante diversidade de corais, além de tartarugas e peixes como moréia e arraia.

Parque Marinho da Coroa Alta - No cais da cidade vizinha de Santa Cruz Cabrália saem escunas rumo ao Parque Marinho da Coroa Alta e chalanas que sobem o rio João de Tiba e desembarcam os turistas para uma visita ao povoado de Santo André. Mais informações sobre horários no telefone (73) 3282-1050.

Construções históricas


A separação entre Cidade Alta e Cidade Baixa é herança dos colonizadores portugueses, que por sua vez, segundo historiadores, se inspiraram na arquitetura de origem muçulmana para desenhar Lisboa e Porto. Na Cidade Alta erguiam-se as instituições do poder monárquico e da Igreja; na Cidade Baixa se instalava o comércio. Tombado como patrimônio nacional nos anos 70, o centro histórico ou Cidade Alta de Porto Seguro foi revitalizado na época do aniversário do Descobrimento.

Ali se destacam igrejas e a Casa de Câmara e Cadeia. Obra do final do século 18, a Matriz de Nossa Senhora da Pena conserva o púlpito em madeira e uma imagem de São Francisco de Assis do século 16. Fica na Praça Pero de Campos Tourinho, nome do primeiro administrador da capitania hereditária, depois preso e julgado em Portugal por heresia.

A Capela do Colégio do Salvador, do século 17, integrava o colégio dos jesuítas, que desembarcaram na Bahia na mesma época do governo geral de Tomé de Souza, em 1549. Na então capitania de Porto Seguro, o padre Azpicuelta Navarro, enviado por Manoel da Nóbrega, instalou-se em Arraial D'Ajuda e conviveu com colonos que falavam o tupi. Em cartas aos seus superiores, ele reclamou que a população de lá "estavam e estão no sono do pecado, somente com o nome de cristãos".

Concluída em 1772, a Casa de Câmara e Cadeia abriga o principal museu da cidade, com esculturas, objetos e móveis dos séculos 17 e 18.
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