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Patagônia Argentina

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Eduardo Vessoni/UOL

A mutante Patagônia argentina é destino para viajantes de todos os estilos

Arte UOL

Conta a lenda que, em uma época em que as plantas da Patagônia não tinham flores, a bela Kospi foi raptada por Karut. A paixão era tão grande que o senhor da montanha se viu obrigado a esconder a jovem de origem mapuche no mais profundo das cavernas glaciares.

Kospi chorou tanto que um dia converteu-se em gelo e confundiu-se em meio aos imensos icebergs da região. Quando Karut voltou para admirá-la, sua presa já não estava e, furioso, bradou até despertar uma forte tempestade. Os dias seguintes foram de tanta chuva que a garota transformou-se em água e seguiu o curso dos riachos patagônicos, atingiu a planície e regou os vales. Na primavera seguinte, subiu sobre plantas e converteu-se em flor.

Desde então, a Patagônia argentina não se cansa de se transformar. Glaciais que avançam e retrocedem, como o famoso Perito Moreno de El Calafate; rios de El Chaltén que têm seus cursos desviados por fenômenos naturais; bosques esverdeados que se petrificam, como os impressionantes troncos milenários de Jaramillo; vegetação que se veste de novas cores de acordo com a estação do ano; e uma fauna única que costuma passar as férias em terras austrais, como baleias, leões marinhos e pinguins.

Esses são alguns dos inúmeros espetáculos naturais em solos patagônicos que arrastam viajantes de todas as partes do mundo, durante todo o ano, atraídos pelas opções naturais. Seja a versão costeira que se debruça sobre o oceano Atlântico ou o lado mais afastado das cordilheiras dos Andes, a Patagônia argentina é destino ideal para viajantes de todos os estilos. Até o cientista Charles Darwin se rendeu à impressionante variedade natural da região patagônica, há mais de 160 anos.

Basta disposição e tempo para percorrer um dos pedaços de terra com menor concentração humana por quilômetro quadrado da Argentina, como a Província de Santa Cruz, com uma densidade demográfica de 0,8 habitante por km².

As três províncias patagônicas que mais atraem visitantes são Chubut, famosa pela geografia árida de Porto Pirâmides e a pinguineira de Punta Tombo; Santa Cruz, cujos maiores símbolos são montanhas como o Fitz Roy e os imensos blocos de gelo azulado do glacial Perito Moreno; e a Terra do Fogo, onde o Ushuaia quase toca o fim do mundo. Quase, até que se termine a disputa pelo título de cidade mais austral com a vizinha Porto Williams, na Patagônia chilena.

Mas difícil mesmo será decidir qual dos atrativos incluir no roteiro. A imensidão geográfica, que exige longos deslocamentos, e a variedade de atrações espalhadas obrigarão o viajante a dedicar-se a conhecer parte da região. Caso contrário, serão necessários alguns meses sabáticos para rodar as estradas ou voltar mais de uma vez. O que, se tratando de Patagônia, não é uma má ideia.

Na região dos cenários mutantes, nem os céus ficaram de fora da mutação. Os meses quentes de verão são abençoados por longos dias com até 17 horas de luz, quando a poucos minutos da meia-noite é comum ver o sol preguiçoso formando manchas multicoloridas no horizonte; no inverno, os dias são mais curtos e o sol não se atreve a aparecer mais do que oito horas diárias. As temperaturas podem ir de -20°C, durante o rigoroso inverno da Terra do Fogo, aos mais de 30°C da árida Porto Madryn. É só uma questão de escolher qual sensação térmica você quer provar.

E quando falamos de Patagônia mutante, todas as sensações serão intensas.

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INFORMAÇÕES E SERVIÇO


Site do país - www.argentina.ar

Site da Secretaria de Turismo do país - www.turismo.gov.ar

Site da Província de Chubut - www.chubut.gov.ar

Site da Província de Santa Cruz - www.santacruzpatagonia.gov.ar

Site do município do Ushuaia - www.ushuaia.gov.ar

Site da Secretaria de Turismo do Ushuaia - www.ushuaia.gov.ar/turismo.php

Site da Terra do Fogo - www.tierradelfuego.org.ar

Site de El Calafate - www.elcalafate.gov.ar

Site de Porto Pirâmides - www.puertopiramides.gov.ar

Site de Gaiman - www.gaiman.gov.ar

Informações Turísticas

 

Em Porto Madryn


Secretaría de Turismo y Deportes - Av. Julio A. Roca, 223, tel. 54 (2965) 453-504. informes@madryn.gov.ar

Em Comodoro Rivadavia


Secretaría de Cultura y Turismo - Rivadavia, 430, tel. 54 (297) 446-2376. turismocomodoro@comodoro.gov.ar

El Calafate - Rua Julio A. Roca, 1.004, tel. 54 (2902) 491-090 / 491-466. Diariamente, das 10 às 20h. info@elcalafate.gov.ar

Em Río Gallegos


Subsecretaría de Turismo de la Provincia de Santa Cruz - Av. Roca, 863, tel. 54 (2966) 422-702, info@santacruz.gov.ar / turismo@spse.com.ar / turismo@riogallegos.gov.ar

No Ushuaia


Oficina de Información Turística do Ushuaia - Av. San Martín, 674, tel. 54 (2901) 432-000.

DDI - 54 (Argentina)

Códigos de acesso da região - (2901) Ushuaia; (2902) El Calafate; (2962) El Chaltén; (2965) Porto Madryn

Moeda - A moeda oficial é o peso argentino. Acesse economia.uol.com.br/cotacoes para acompanhar a cotação da moeda local.

Fuso horário - O horário argentino segue o mesmo padrão adotado em Brasília, podendo haver diferença de uma hora durante o horário de verão do Brasil. A Argentina adotou, recentemente, o hábito de atrasar os relógios durante os meses de verão, porém a prática não segue o mesmo calendário brasileiro.

Horários - As atrações podem ter seus horários de visita alterados ou até suspensos, de acordo com a temporada. As baixas temperaturas patagônicas podem obrigar o visitante a ter que reprogramar o seu roteiro. Informe-se antes.

Internet - Como uma boa região afastada sul-americana, os serviços de navegação são lentos e com altos custos. Se você estiver com computador portátil, procure cafés ou hospedagens com serviço Wi-Fi. Os serviços de gravação de CD oferecidos pelos cybers também têm preços salgados, por isso o melhor é levar seu laptop para fazer gravações ou garantir memórias extras para a câmera fotográfica.

Gorjetas - Os 10% referentes ao serviços dos garçons não estão incluídos nas contas dos bares e restaurantes.

Visto e documentos - Não há necessidade de viajar com passaporte para países como a Argentina. O RG, com tempo de expedição que não ultrapasse os dez anos, é suficiente para permanência de até 90 dias.

Atualizado em Setembro de 2011
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