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Belém

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Construções históricas


Theatro da Paz - Inaugurado em fevereiro de 1878, foi erguido em estilo neoclássico no período áureo do ciclo da borracha. Apesar de ter sido inaugurado de forma simples, foi se embelezando com o decorrer do tempo, principalmente pelas pinturas com motivos gregos clássicos, sempre com elementos da cultura amazônica presente. Entre os autores das pinturas, estão o pintor pernambucano Armando Baloni com as "musas da música ladeadas pela floresta amazônica" (1960), no Salão Nobre e Domenico D'Angelis, e Capranese com a "Chegada do Deus Apolo conduzindo as musas das artes" (1885), na parte interna do teatro. Em 1905 ganhou uma reforma, chegando a sua forma definitiva. A mobília encontrada no seu interior é toda original e importada da Europa, principalmente da França. A sala de espetáculos comporta 900 lugares. No meio da pintura, foi colocado um lustre americano onde antes ficava um ventilador para amenizar o calor. O espaço continua a receber festivais de ópera além de ter uma programação freqüente de teatro. Há visitas guiadas de hora em hora. Rua da Paz, s/nº, Centro, tel. 4009-8750. Ter. a sex., das 9h às 17h; sáb., das 9h às 13h. www.theatrodapaz.com.br

Forte do Presépio - Trata-se da primeira construção da cidade, datada de 1616, na época uma edificação de madeira coberta de palha. Foi palco de duas intensas batalhas internas: a primeira delas foi uma espécie de revolta dos tupinambás contra os portugueses. Os índios deram bastante trabalho aos colonizadores, pois as várias aldeias tupinambás se uniram em torno do líder Guamiaba (também conhecido como cabelo de velha), formando um exército de 10 mil guerreiros. No entanto, ele acabou morrendo em uma das batalhas e os tupinambás fugiram para dentro do continente, abandonando a região litorânea. A partir daí, o Forte do Presépio ganhou estrutura mais resistente. Foi palco também do movimento nativista Cabanagem, sufocado igualmente pelas tropas da Coroa. Para expor objetos e outras peças de culturas marajoaras e tapajônicas, criou-se o Museu do Encontro. As peças em exposição procuram demonstrar as características da presença humana no período pré-histórico e histórico do local por meio de machados, urnas funerárias, muiraquitãs (espécie de amuletos tapajônicos feitos em forma de sapo), tangas de cerâmica usadas por mulheres marajoaras, vasos de gargalo usados para uso de substâncias alucinógenas pelo povo que habitava a região do rio Tapajós, moedas da coroa portuguesa, cachimbos, armamento ocidental e garrafas de bebidas alcoólicas. Há, também, espaço expositivo de arte contemporânea no fosso do forte. As obras de arte ficam expostas por período determinado. Espaço Feliz Lusitânia, praça D. Frei Caetano Brandão, s/nº, Cidade Velha, tel. (91) 3219-1134. Ter. a dom., das 10h às 18h. Entrada paga.

Casa das Onze Janelas - Esta casa, além de ter uma arquitetura bela, abrigar um centro cultural e ficar na beira do rio Guamá, possui um passado histórico que mostra um pouco como as coisas funcionavam na época da colônia. Construída para ser residência do senhor de engenho Domingos da Costa Bacelar, em 1768 foi confiscada pelo Governo de Portugal para abrigar o Hospital Real. Até hoje, o local mantém aspecto rústico das construções antigas, principalmente no seu interior. Em 2001, o estado do Pará assinou um convênio com o Exército e criou um espaço cultural. Hoje em dia, ela se tornou um destino turístico importante, abrigando eventos culturais e o bar Boteco das 11, local de boemia e gastronomia importante na cidade de Belém. Além disso, virou referência em arte contemporânea para as regiões Norte e Nordeste. Praça Frei Caetano Brandão, s/nº, Cidade Velha, tel. (91) 4009-8821. Ter. a dom., das 10h às 18h.

Mercado Ver-o-Peso - Geralmente, os mercados públicos de cada cidade mostram um pouco o caráter de cada povo. No mercado de Belém não é diferente: as características do modo de ser de seu povo são tão excêntricas que ficam estampadas em cada setor que o turista vasculha. Vai desde o local onde ficam as barracas de essências, com as mandingueiras verbalizando os poderes de suas preparados em forma de lenda popular, até os setores onde estão as frutas típicas, temperos, artesanatos, folhas da região e ervas especiais. A origem do mercado remonta ao século 17, quando a Coroa Portuguesa resolveu taxar as mercadorias que vinham do interior da Amazônia, batizando o local como a Casa do Haver-o-Peso. Desde esta época, os barcos atracam todo dia (menos aos domingos) do lado do Mercado de Peixes antes do sol nascer, trazendo principalmente pescados, entre outras mercadorias. O ponto negativo é a quantidade de urubus que circundam o local por conta das carcaças de peixes que são atiradas no ancoradouro do rio Guamá. O turista deve também tomar cuidado com os pertences que carrega. Outros prédios de destaque da feira são o Solar da Beira e o Mercado Municipal de Carne. O primeiro é uma construção em estilo neoclássico que serviu em sua origem como ponto de fiscalização municipal do local. Atualmente, é ponto para exposições culturais, geralmente ligadas a assuntos da arte amazônica e indígena. O Mercado de Carnes está em processo de reforma e foi desenhado por Francisco Bolonha, famoso engenheiro que habitou Belém no começo do século 20. O ideal é visitá-lo bem cedo, pela manhã, pois o turista vai pegar o que há de melhor em produtos na feira.

Nos arredores do mercado há também a Feira do Açaí, mas se o visitante quiser ver alguma coisa, vai ter que madrugar: depois das 8h, a feira deixa de existir pois o açaí é consumido em poucas horas, justamente no momento em que é desembarcado. Ou seja, mais um motivo para chegar cedo. Boa parte do açaí comercializado sai do local para ser exportado. Toda a quantidade que chega ali vem das ilhas que ficam nos arredores de Belém e também de Ponta de Pedras, município da Ilha de Marajó, chegando de barco num ancoradouro ao lado das muralhas do Forte do Presépio. As cestas amontoadas umas sobre as outras, o contraste da folhas verdes de bananeiras com o modo colorido de se vestir do povo paraense e as linhas de bonde que brotam do chão antigo do local são belezas do passado que se afloram no presente.

Para completar o cenário, ao lado da feira há a praça Siqueira Campos que, a partir de 1930, passou a ser conhecida como Praça do Relógio por conta do aparelho que foi instalado em seu centro, importado da Inglaterra. O relógio possui 12 metros de altura e figuras alusivas às quatro estações do ano. As fachadas dos velhos casarões completam a paisagem do complexo do Mercado Ver-o-Peso, cheia de história e beleza. Av. Boulevard Castilhos França, s/nº.

Espaço São José Liberto - O local em sua origem era um convento dos missionários franciscanos e o prédio foi finalizado em 1749. Chegou a ser hospital, quartel, olaria e por último foi presídio. Foi desativado para se transformar no Espaço São José Liberto em 2002, reunindo o Museu de Gemas do Pará, o Pólo Joalheiro, a Casa do Artesão e uma capela onde há concertos de música clássica. Há também espaço para eventos e apresentações folclóricas. A Casa do Artesão é uma espécie de cooperativa onde o artesão coloca seu material a venda por consignação. Mas o mais interessante de se ver no local é o Museu de Gemas do Pará. Na entrada, há uma drusa de quartzo hialino de 2,5 toneladas encontrada no Vale do Rio Araguaia. São 4 mil peças em forma de pedras em estado bruto e lapidadas, a maioria de origem do próprio Estado do Pará. Entre os tipos encontrados há a esmeralda do Tocantins, ametista de pau-d'arco, cristais de rocha e diamantes. Por meio da orientação monitorada, o turista vai saber um pouco mais sobre gemas. Praça Amazonas, s/nº, tel. (91) 3230-4452. Ter. a sáb., das 9h às 19h; dom., das 10h às 19h.

Estação das Docas - Aberto à população em 2000, foi criada junto com o processo de revitalização do antigo porto de Belém. Logo se tornou um dos principais cartões postais da capital paraense, unindo atividades culturais, gastronomia e boemia, além de ser mais um destino turístico da cidade. Guindastes antigos dão o clima charmoso no fim de tarde, onde os turistas e moradores de Belém sentam para beber algo em seus bares e jogam conversa fora. Os restaurantes praticamente viram bares às sextas-feiras, sábados e domingos à noite, com os freqüentadores sentados nos terraços à beira da baía do Guajará. A parte cultural do local foi cuidada por meio de projetos que acontecem semanalmente (ligue antes para confirmar). Um deles, o Pôr-do-Som, traz grupos folclóricos da região, especialmente o siriá e o carimbó, sex., a partir das 18h, no Anfiteatro do Forte de São Pedro Nolasco. No mesmo local, dom., às 17h30, acontecem apresentações de diversas companhias de teatro da cidade. Existem ainda duas salas de cinema e a Sala de Teatro Maria Sylvia Nunes. Fechando a parte cultural, há uma exposicão permanente localizada no Boulevard das Artes e intitulada Memorial do Porto e Arqueologia Urbana. O local reúne restaurantes de diversos estilos, desde italiano até o mais regional e famoso, como o Lá em Casa. Vale ressaltar as pequenas lanchonetes que servem tapioca ou açaí com peixe, além da famosa sorveteria Cairu, que oferece sabores de frutas regionais. Lojas e feiras de artesanato também são atrações na Estação das Docas. A feira, que acontece no Armazém 1 tem quiosques que vendem artigos regionais como bijuterias, souvenires, artigos indígenas, tapeçaria e tecelagem. Há também lojas de CDs, livros, entre outras coisas no decorrer dos 500 metros que englobam os três armazéns. No local, existem passeios fluviais. Informe-se no pequeno porto, perto do anfiteatro sobre os horários e preços. Av. Boulevard Castilhos França, s/nº, Campina, tel. (91) 3212-5525. Visitação da orla e armazéns: seg. e ter., a partir das 10h; qui., sex. e sáb., das 10h às 3h; dom., das 9h às 0h. Mezanino e barracas: seg. a sex., das 12h às 22h; sáb., das 10h às 22h; dom., das 9h às 22h. www.estacaodasdocas.com.br

Corveta Solimões - Atracada por trás da Casa das 11 Janelas, a corveta, espécie de navio pequeno usado para patrulha anti-submarina, foi transformada em museu graças a um convênio entre a Marinha do Brasil e o governo do Estado do Pará. Quem se interessa por instrumentos de navegação, principalmente de guerra, vale a pena conhecer. A visita é realizada com a presença de monitores que acompanham os visitantes aos diversos locais da embarcação. Há bonecos de cera pelo trajeto, inclusive um deles é a réplica do último almirante de esquadra da embarcação, o Sr. José Alfredo Lourenço dos Santos. Praça Frei Caetano Brandão, s/nº, Cidade Velha. Ter. a dom., das 10h às 17h. Entrada paga. Memorial dos Povos - Espaço cultural de seis mil m² projetado pelo arquiteto José de Andrade Raiol, inclui museu, anfiteatro, cinema e o Palacete Bolonha. O palacete tem cinco andares, contando com o sotão. A visita é monitorada. O memorial também tem um espaço para exposições temporárias. Além disso, possui programação cultural extensa, seja de música, teatro ou cinema. Av. Governador José Malcher, 257, Nazaré, tel. (91) 4008-9400. Ter. a sex., das 9h às 18h; sáb., dom. e feriados, das 9h às 13h.
Atualizado em Outubro de 2008
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