UOL Viagem

Barcelona

Sobre o destino Fotos Como chegar Onde Ficar Agências Circulando

Gaudí e os Modernistas


Manzana de la Discórdia - É o chamado quarteirão no Passeig de Gràcia (metrô Passeig de Gràcia), que guarda três célebres prédios modernistas: a Casa Lleo Morera, no número 35, obra do arquiteto Lluis Domenech i Montaner, de 1905, com destaque para a decoração do piso principal e para a suntuosa escadaria; Casa Amatler, no número 41, de Jose Puig i Cadafalch, dona de uma notória fachada escalonada; e a Casa Batlló (www.casabatllo.es/), número 43, aberta diariamente 9h-20h, entrada € 11/8,80 (estudante), um edifício totalmente reformado por Gaudí, onde seu cartão de visitas está na fachada de mosaicos coloridos. Entre outros detalhes, repare nas sacadas em forma de ossos.

La Pedrera - Construída em 1910, é a casa mais célebre de Gaudí. O artista pegou um prédio simples e de fachada comum e cobriu a frente, como uma cortina, com uma série de muros de pedra calcária. Um dos destaques são as sacadas criadas com ferro reciclado. No interior, há um apartamento decorado no estilo das primeiras décadas do século 20, quando o art noveau começava a dar espaço ao moderno. Também há um museu que documenta toda a obra do arquiteto por meio de desenhos, projetos, fotos, maquetes e audiovisuais, com explicações técnicas bastante precisas. Mas o melhor talvez esteja no telhado: chaminés de formas audaciosas decoradas com azulejos fragmentados -moldura para uma das mais emblemáticas vistas de Barcelona, incluindo a Sagrada Família ao longe. Ou seja, é parada obrigatória para conhecer e entender Gaudí. Na entrada da esquina, no térreo, funciona uma galeria de exposições temporárias com acesso gratuito. Na mesma Passeig de Gràcia, no número 92, o prédio é também conhecido como Casa Millá. Diariamente 10h-20h, entrada € 8/4,50 (estudante), visitas guiadas às 18h (11h sáb/dom).

Temple Expiatiori de la Sagrada Família - O mais importante e conhecido trabalho de Gaudí. A construção teve início em 1882 -e ainda não acabou (você verá os operários trabalhando). O projeto é absolutamente ambicioso e, quando/se finalizado, deverá ser a maior igreja da Europa. A fachada tornou-se um dos símbolos de Barcelona. Hoje existem oito torres (todas com mais de 100 metros) de um projeto que contempla 18. Simbolizam os 12 apóstolos, os quatro evangelistas (Mateus, Lucas, Marcos e João) e a mãe de Deus. A 18ª e mais alta (170m) representaria Jesus. Uma das torres é aberta à visitação, de onde, ao longo de 400 degraus de uma íngreme subida (mas há elevador, € 2), se aprecia a vista interna da catedral, as ruas de Barcelona e o mar no horizonte.

Conta-se que em 1915 começaram a faltar fundos e, surpreendentemente, Gaudí renunciou ao seu salário e se lançou ao trabalho dentro do templo até sua morte, em 1926. Mesmo assim, as obras continuaram até 1936 e pararam com o início da Guerra Civil Espanhola. O nacional-catolicismo de Franco, porém, era a situação perfeita para colocar a construção em marcha novamente; em 1940, as obras foram retomadas. Hoje é mantida apenas com doações e o arrecadado com a entrada.

O que se deve destacar: fachada de "La Natividade", a única concluída sob a presença de Gaudí; os mosaicos das oito torres já edificadas e a cripta, onde um pequeno museu retrata as fases de construção do templo. A catedral -que na realidade não é catedral, já que nenhum papa chegou a abençoá-la para tal- deverá ficar pronta em 2084. Até lá ainda se visita com muita poeira, um pouco de barulho e fôlego de admiração. Carrer de Mallorca 401 (metrô Sagrada Familia). Aberto out/mar 9h-18h e abr/set 9h-20h; entrada € 8/5 (estudante); www.sagradafamilia.org/.

Parc Güell - O Parc Güell foi a tentativa, a pedido da família Güell, de criar uma vila em plena natureza. Costuma-se dizer que Gaudí utilizou nesse parque todas as suas inquietações urbanísticas, sem aplicar uma linha reta sequer: galerias, bancos, muros, praças, tudo é curvilíneo, retorcido, colorido, divertido. Com a colaboração do arquiteto Jujol (Josep Maria Jujol), criou o já célebre banco-varanda ondulado, aquele famoso cartão-postal decorado com azulejos quebrados. A Casa-Museu Gaudí (www.casamuseugaudi.org), próxima à entrada, onde o arquiteto viveu de 1906 a 1926, exibe alguns de seus móveis e pertences. Metrô até estação Vallcarca e depois é preciso seguir os sinais para o parque por cerca de 1,5 km ou ônibus 24 a partir do Passeig de Gràcia perto da Plaça Catalunya. Abre diariamente às 10h, fechando ao entardecer. A entrada para o parque é gratuita, mas não para o pequeno museu que há no local, a Casa Gaudí, aberta de out. a mar., das 10h às 19h, e de abr. a set., das 10h às 20h, € 4/3 (estudante).

Casa Vicens - Projetada por Gaudí entre 1883-88, marca o início do modernismo, sendo sua primeira obra de importância. Inspirada no estilo mouro, combina pedra e ladrilho em azulejos coloridos. Não é possível entrar nela, mas se observa por fora. Carrer Carolines 18 (metrô Fontana).

Palau Güell - Foi a primeira grande manifestação artística de Gaudí, encomendada por aquele que viria a ser o seu "mecenas", o industrial Eusebi Güell. A idéia era ampliar a residência da família, que ficava nas Ramblas. Os dois edifícios passaram a ser ligados por um corredor. Dentro, há todos os cômodos de uma casa comum. Tudo normal, não fosse pela excentricidade de Gaudí, que investiu na mistura de estilos gótico e muçulmano. No telhado, o arquiteto resolveu abusar da inspiração e concebeu 18 chaminés surrealistas, uma orgia de mosaicos multicolores. Foram restauradas na década de 90 com material original da época em que o Palau Güell foi construído. Um grande destaque merece a cúpula em forma de agulha coroada por um pára-raios de ferro, latão e cobre. Declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1984, o Palau Güell é hoje Biblioteca do Instituto de Teatro. Diariamente, 10h-14h e 16h-20h, entrada € 2,40/1,20 (estudante), sendo obrigatório acompanhar a visita guiada em inglês ou espanhol. Importante ir cedo porque as entradas do dia esgotam rapidamente.

Hospital de La Santa Creu i Santa Pau - O arquiteto Lluis Domènech i Montaner projetou este edifício em 1902 e o término da obra aconteceu em 1930, sob as mãos de seu filho. O que foi um dos hospitais mais avançados da Europa é marcado por influências mouras e impressionantes mosaicos. Carrer de Sant Antoni Maria Claret 167 (metrô Hospital Santa Pau). Diariamente, 10h-13h; entrada € 5. (Do Guia da Europa)
Atualizado em Janeiro de 2008
  • - Guia de Viagem
  • UOL Viagem
Compartilhe
Imprimir
Comunicar erro