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Atacama

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As principais atrações da região do Atacama estão mesmo fora de São Pedro, o que garante uma certa tranqüilidade para caminhadas pela Caracoles, uma rua de pedestres em pleno centro onde se concentram todos os restaurantes, mercadinhos e lojas do povoado.

A partir da praça principal, que curiosamente não tem nome, pode-se conhecer também a igreja de San Pedro, de 1745, e o Museu Arqueológico Gustavo Le Paige, onde se encontram restos arqueológicos de sítios pré-colombianos (rua Gustavo Le Paige, 380, tel. 56 55 851-066;
seg. a sex., das 9h às 18h; sáb. e dom., das 10h às 18h; www.ucn.cl).

 

O que levar nos passeios


Em qualquer época do ano é recomendável levar roupas leves para os passeios diurnos, além de um abrigo para as noites mais frias. Protetor solar é produto indispensável para proteger-se da forte radiação solar do deserto. Os passeios a lugares mais altos, como El Tatio, exigem uma dose extra de roupas como jaqueta corta-vento, gorros, cachecol e luvas. As temperaturas por ali são sempre negativas nas primeiras horas do dia.

Deserto do Atacama

 

 

Valle de la Luna e Valle de la Muerte - São os dois destinos turísticos mais procurados em São Pedro, onde ônibus chegam carregados de turistas durante todo o dia. O tour começa no Mirante de Cari, na Cordilheira de Sal, próximo ao povoado, e de lá segue para impressionantes formações naturais em pleno deserto. Os vales foram alcunhados pelo padre Gustavo Le Paige, um religioso que dedicou suas horas livres a estudos antropológicos empíricos, e guardam diversas teorias sobre a origem de seus nomes. O Vale da Lua é assim conhecido devido à formação parecida a superfície lunar, e o Vale da Morte recebe esse nome, entre tantas outras explicações, por conta da aridez excessiva do local, que não permite que haja vida naquela região. As agências que organizam essa excursão costumam programar saídas à tarde para que os visitantes possam assistir ao espetáculo do pôr-do-sol que esconde o vulcão Licancabur e as areias finas das dunas. A atrações têm um certo "congestionamento" de turistas, mas ainda assim é imperdível para quem vai a São Pedro pela primeira vez. Rua Caracoles, 349 (sala 1), tel. 56 (55) 851-574. vallelaluna@yahoo.es

Arqueologia



Yerbas Buenas - O principal atrativo dessa região nordeste de São Pedro são os impressionantes petroglifos encontrados em rochas vulcânicas do período da formação das cordilheiras. Os desenhos, em alto e baixo relevos, são inscrições rupestres da época em que caravanas cruzavam a região e descrevem a vida cotidiana e os rituais religiosos de atacamenhos e incas que passaram pela região. É possível ver representações de caravanas de lhamas, figuras xamânicas e animais.
Segundo estudiosos, essa área era uma rota importante de ligação entre os Andes e a costa pacífica da América do Sul. A 60 km de São Pedro a noroeste pela estrada B 207. Entrada franca.

Aldea de Tulor - As casas de adobe do povo atacamenho encontradas em Tulor datam de 800 a.C. a 50 d.C. Do mirante construído sobre as ruínas, é possível ver parte dos trabalhos de escavação que foram realizados ali. A aldeia é formada por uma série de construções circulares, interconectadas entre si, que hoje se encontram soterradas devido à ação implacável do vento forte que insiste em esconder um dos sítios arqueológicos mais antigos do norte do Chile. A arquitetura encontrada ali apresenta semelhanças entre as sociedades pré-colombinas dos Andes. Dos 5.700 km² do que se acredita ter sido a aldeia, apenas 7% está aberto para visitação. Rua Purcacaya e avenida Tulo, bairro Ayllu Coyo (10 km a sudoeste de San Pedro). aldeadetulor@yahoo.com

Pukara de Quitor - A palavra pukara, de origem quéchua, quer dizer "fortaleza". Essa estrutura do século 12 foi construída pelos próprios atacamenhos para se protegerem de invasões inimigas. Hoje, é possível visitar ruínas de casas, pátios, currais e praças. Embora 70% de sua área tenha sido reconstruída na década de 1980, o visitante tem uma idéia geral do que foi aquela região antes da invasão violenta dos incas. Localizado em uma área estratégica, o pukara brinda o visitante com uma boa vista panorâmica da região. Avenida Pukara, s/nº, a 4 km de São Pedro, tel. 56 (09) 949-5901. Ao lado da recepção, há um pequeno museu com objetos atacamenhos encontrados no pukara, além de utensílios domésticos atuais como instrumentos musicais e objetos de cozinha.

Povoados atacamenhos



O Atacama ainda guarda muito das tradições dos povos ancestrais que passaram por ali, mas, para conhecer mais a fundo o que foi a região de altiplano do norte chileno, recomenda-se deixar o povoado e conhecer as minúsculas cidades que insistem em manter a sua cultura longe do agito de São Pedro.

Río Grande - Essa povoado de 90 habitantes, localizado a 72 km de São Pedro, parece ter parado no tempo. Suas ruas estreitas ainda conservam a arquitetura da época do Estado Tiwanaku (proveniente da atual Bolívia) e os moradores vivem da agricultura baseada nas técnicas de irrigação utilizadas por seus ancestrais. A 3.200 metros de altura, suas ruas desertas pouco visitadas por turistas permitem uma caminhada longa e tranqüila pelo povoado. Na região de planalto é comum ver a igreja e o campanário separados, por isso vale a pena uma visita mais demorada pela praça onde se encontra a igreja de San Santiago, de 1760, e seu campanário. Outra curiosidade da região são as cruzes sobre os telhados das casas de Río Grande, que servem como amuleto para aquelas famílias. Acredita-se que esse ritual, conhecido como tijerales, é uma proteção contra o diabo que, supostamente, seria atraído pela cor enxofre das palhas utilizadas para forrar os telhados. Os passeios a cavalo que saem de São Pedro costumam ir até a cidade pelo rio que dá nome ao local.

Machuca - Esse povoado há mais de 4.000 metros de altura também faz parte de roteiros turísticos que levam aos Gêiseres de El Tatio e apresenta construções muito similares às de Río Grande. No entanto, o maior charme desse lugar é o fato de viverem ali apenas 6 habitantes, o que lhe garante um ar de cidade perdida no deserto. As poucas famílias que viviam em Machuca foram deixando o local para garantirem uma vida melhor em cidades maiores do Chile. Os que decidiram ficar sobrevivem da pecuária e de turistas que passam por ali em busca da famosa empanada de queijo de cabra.

Toconao - Essa cidade está incluída no roteiro das excursões que saem em direção ao Salar do Atacama. Por isso, é mais comum ver grupos de turistas ao redor da praça da cidade e nas lojinhas de artesanato da região. Ainda assim, o ritmo de Toconao é mais lento do que São Pedro, a 40 km. Uma senhora artesã é atração da cidade com seus trabalhos de teares realizados com espinhos de cáctus (rua Pedro de Valdivia, 224). A igreja de San Lucas, de 1744, e o campanário construído em frente cinco anos mais tarde também merecem uma visita. Embora esteja na mesma altitude que São Pedro, a proximidade com a Quebrada de Jere e suas abundantes águas doces dos Andes permitiu que durante uma época o povoado fosse um respeitado produtor de frutas, feito raro nas regiões áridas do Atacama. Mas hoje a principal fonte de renda dos moradores da cidade é a extração e comercialização de lítio.

Catarpe - Se você achou que os destinos anteriores são minúsculas mostras dos povoados atacamenhos, é porque ainda não conhece essa cidade de... um habitante. Localizado a 9 km ao norte do centro de São Pedro, no Vale de Catarpe, o povoado é considerado Monumento Arqueológico da região devido às muralhas incas encontradas por ali. O tambo inca, como são chamadas essas construções, serviam de refúgio e descanso para os incas que estiveram na região. Hoje, poucas pessoas passam por ali e o único morador da cidade pode trabalhar tranqüilo na reforma de uma casa que será usada nos fins de semana de verão por uma família de São Pedro.

Lagoas

 

Cejar - E não é que essa história de oásis no meio do deserto existe mesmo? A 24 km do centro de São Pedro, encontra-se essa lagoa salgada que acumula as águas mornas provenientes dos vulcões da região próxima ao Salar do Atacama. A alta concentração de sal dessa piscina natural impede que os visitantes afundem, mas por precaução recomenda-se que a permanência em suas águas não seja demorada para evitar alergias. Leve chinelo para caminhar sobre o solo para evitar acidentes nas placas afiadas de sal.

Lagoas de altiplano - A 110 quilômetros de São Pedro e a mais de 4.000 metros de altura, encontram-se as lagoas Miscanti e Miñique, que são alimentadas pelas águas de degelo dos vulcões de mesmo nome. Suas formações se devem ao estancamento de água após a erupção do vulcão Meñiques, há um milhão de anos, e hoje encantam os visitantes que chegam próximos as suas águas de intenso tom azulado e margens brancas. A região atrai também uma grande variedade de animais como flamingos.

Lagoas Chaxa e Tebenquiche - São pontos estratégicos em pleno salar do Atacama para esperar o fim do dia com outra perspectiva do vulcão Licancabur, mas sem o excesso de turistas de lugares mais populares como o Vale da Lua. O clima se completa com o pisco sour servido pelos guias durante o pôr-do-sol.

Gêiseres de El Tatio - É o passeio mais "cruel" e gratificante de todo o Atacama. A aventura começa às 4h da manhã quando os ônibus de excursão passam pelos hotéis para pegar os dispostos aventureiros que subirão a 4.300 metros de altura para a observação dos trabalhos dos gêiseres, em El Tatio. As saídas a esse concorrido destino, que fica a 90 km ao norte de São Pedro, ocorrem quando ainda está escuro, pois o espetáculo de fumaça se dá nas primeiras horas da manhã (entre 6h e 7h) com baixas temperaturas. Em uma área de 10 km², os visitantes podem avistar gêiseres, tanques de águas fervendo a 85º e pequenas "chaminés" fumegantes. Os tours que levam os visitantes oferecem café da manhã nos gêiseres e ainda dão uma paradinha para um banho surreal em piscinas quentes de águas vulcânicas. infoantofagasta@sernatur.cl

Salar de Atacama - Assim como quase todas as atrações do Atacama, esse salar também encontra-se em elevadas altitudes, a 2.300 metros acima do nível do mar. Em uma superfície de 320 mil hectares dentro da Reserva Nacional Los Flamencos é possível observar crostas de sal de até 70 centímetros de altura geradas pela constante acumulação de cristais, produzidos pela evaporação das águas subterrâneas de intenso teor salino. A escassa vegetação que consegue sobreviver em um local tão árido divide espaço com gaivotas andinas e as três espécies de flamengos que visitam a região. www.turismoentoconao.cl

Ojos del Salar - Outra atração que merece uma visita demorada são as duas impressionantes crateras encontradas em pleno Salar do Atacama. Esses "olhos" são, na realidade, dois círculos profundos de água menos salgada de cor azulada que até hoje têm sua origem desconhecida. Alguns dizem que são o resultado da queda de meteoritos na região, outros acreditam ser o terreno que está cedendo. Independente de qual seja a explicação mais correta, visitantes corajosos podem arriscar-se em um banho de água fria.

Termas de Puritama - O rio Puritama alimenta com águas quentes esses poços termais a 30 quilômetros ao norte de São Pedro. Com temperaturas que chegam a 30°C, essas águas se encontram em um poço de oito metros de diâmetro em um cânion montanhoso. Essa excursão é procurada, geralmente, para os que procuram relaxar em suas águas de propriedades curativas para doenças reumáticas. A manutenção do local é realizada entre um hotel de luxo de São Pedro e o Consejo de Pueblos Atacameños, mas a entrada está aberta ao público em geral.

Compras



Feira Artesanal - Corredor de estandes localizado no centro de São Pedro. Artesãos locais vendem produtos típicos como artesanato, roupas e alguns produtos alimentícios. Plaza, s/nº.

Mallku - Loja de artesanato indígena. Peças exclusivas feitas com cerâmica negra, algarrobo e teares andinas. Rua Caracoles, 190c, tel. 56 (55) 851-4 17. spatacama@hotmail.com

Artesanía Wara - Roupas com desenhos e cortes únicos feitas com lã de Chiloé e do Atacama. Uma boa alternativa para fugir das roupas padronizadas do Peru e Bolívia vendidas em toda a cidade de São Pedro. Rua Tocopilla, 432c.

Gastronomia



O Atacama já se tornou um roteiro conhecido em todo o mundo, por isso o viajante não deve encontrar dificuldades para encontrar pratos com sabores internacionais nos restaurantes e bares do povoado. Massas, pizzas e carnes são as opções mais comuns nos cardápios atacamenhos. Os destaques são os assados com carnes de lhama e de vitela acompanhados de queijo de cabra, além das tradicionais empanadas chilenas de carne ou de queijo.

Os vegetarianos podem recorrer aos pratos preparados à base de quínoa, grão típico das regiões andinas, acompanhados de batatas andinas e salada.

Devido à aproximação com a Bolívia, a cultura local tem fortes influências da cultura boliviana e a culinária local ainda mantém certos costumes andinos. Patasca, conhecido nas zonas alto-andinas do Peru e da Bolívia, é outro prato típico da região do Atacama. Essa espécie de caldo tem como ingredientes principais milho, carne e abóbora.

Adobe
Rua Caracoles, 211
Tel: 56 (55) 851-132
www.cafeadobe.cl

Blanco
Rua Caracoles, 195
Tel: 56 (55) 851-164
www.blancorestaurant.cl

Café Tierra
Rua Caracoles, s/nº
Tel: 56 (55) 851-585
cafetierrasanpedro@yahoo.com

Estaka
Rua Caracoles, 259
Tel: 56 (55) 851-201
www.laestaka.cl

La Cave
Rua Toconao, 447
Tel: 56 (55) 851-073

Atualizado em Março de 2011
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