! Paulo Betti - 27/02/2009 - UOL Viagem - Destinos dos Famosos
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Paulo Betti

Paulo Betti se encantou por Burkina Faso, o país do cinema na África

Da Redação

Arquivo Pessoal

Paulo Betti conta suas impressões sobre Burkina Faso, na África

Paulo Betti conta suas impressões sobre Burkina Faso, na África

Encravado no noroeste do continente africano, um país com praticamente o mesmo tamanho que o Estado do Tocantins e 14 milhões de habitantes arrebatou o coração de Paulo Betti. Burkina Faso, que faz fronteira com seis países, entre eles Costa do Marfim, Níger e Gana, atingiu seu ponto fraco. "Encantei-me pelo país e sua capital, Ouagadougou, onde, a cada dois anos, todos respiram cinema", diz o artista.

A capital sedia o Fespaco (Festival Panafricain du Cinéma et de la Télévision de Ouagadougou, na língua oficial do país, francês), um evento internacional tão importante que é conhecido como 'Cannes da África'. "É impressionante como em um país pobre, numa cidade pequena da África, a população venere o cinema. Mais impressionante ainda é que nos anos em que não acontece o festival de cinema, tem o de teatro. Não é lindo?"

O festival acontece desde 1969. Por isso, Burkina Faso, apesar de ainda ser um dos países mais pobres do mundo, habituou-se a receber muitos turistas, de todo mundo. "A população é muito gentil e adora receber os visitantes. Há excelentes hotéis e a comida local é muito boa. Meu restaurante preferido é o Le Tan Tan, que serve um peixe delicioso, chamado Captain. Também descobri em Burkina Faso que do gengibre se faz um suco delicioso, que raspa a garganta, mas que é especial para aliviar a sensação de poeira do deserto", diz. Paulo conta que quando esteve lá ficou mais concentrado nos filmes, mas que há opções de passeios para ver os animais, como safáris no deserto. "A paisagem é muito bonita. O país está na cabeceira do deserto do Saara".

Quando Paulo Betti esteve lá pela primeira vez, em 2007, filmou o evento e a rotina da cidade na garupa de uma moto, principal meio de transporte dos burkinababes. "Imagine que entrevistei o astro Danny Glover sentado no meio fio na calçada. Lá não existe espaço para frescura", conta o ator. O resultado do material produzido por Paulo foi o documentário "Tão Perto, tão longe", lançado no Brasil e projetado durante o Fespaco em 2009. O título do filme é uma referência à proximidade geográfica e cultural entre África e Brasil e, ao mesmo tempo, à grande distância quanto à falta de conhecimento recíproco e à dificuldade de acesso entre um continente e outro. "Se olharmos o mapa, veremos que numa viagem de seis horas estaríamos em Ouagadougou. Mas somos obrigados a ir a Paris. Pronto. A viagem passa a ser de dois dias", diz Paulo.

No continente africano, Paulo Betti também já esteve em Marrakesh, no Marrocos. Paulo adora viajar e tem uma boa lista de lugares incríveis por onde já passou e que foram muito marcantes. Pelo mundo, cita várias cidades na Espanha, como Granada, Nova York, onde morou e estudou durante um ano, e até Tóquio, onde o ator se sentiu 40 anos adiante, enquanto caminhava pelas ruas da metrópole. Já esteve várias vezes na Itália, terra de seus antepassados. "Lá, me irrito e me divirto. Adoro e odeio. Roma é meu lugar predileto".

No Brasil, a lista é ainda maior. "Adoro o interior de São Paulo, Ribeirão Preto. Gosto do Piauí, especialmente de um sítio arqueológico chamado Sete Cidades, imperdível. Porto Alegre e Curitiba, com seus sebos, adoro! No Brasil gosto de tudo: Salvador, Juazeiro, Petrolina, João Pessoa, Fortaleza...", enumera.

Paulo Betti é ator e produtor de televisão, teatro e cinema. Iniciou a carreira de ator no teatro na década de 1970 e atuou em diversas peças, novelas e filmes. Na televisão, interpretou personagens célebres como Timóteo, na novela "Tieta", de 1989, e Ramiro, na minissérie "Luna Caliente", de 1999. Atuou em dezenas de filmes, como "A casa da mãe Joana", de 2008, "Zuzu Angel", de 2006 e "Mauá - O Imperador e o Rei", de 1999. Em 2005, estreou como diretor de cinema, com o filme "Cafundó".