Bruno De Luca

Mais do que turista, ator e apresentador é viajante profissional de mochila nas costas

EDUARDO VESSONI
Colaboração para o UOL Viagem

Eduardo Vessoni/UOL

Bruno De Luca apresenta o programa "Vai pra onde?", no canal Multishow

Certos atores se tornaram tão famosos quanto os personagens que interpretam, e com Bruno De Luca não foi diferente. Esse paulistano de alma carioca nem precisa fazer muito esforço para comandar o "Vai pra onde?", um programa semanal sobre viagens voltado para jovens com sede de mundo, mas com pouco dinheiro no bolso.

"Gosto de conhecer a cultura mochileira. Quando chego a uma cidade, procuro conhecer o albergue local. É lá que encontramos a galera 'pé sujo' que viaja com pouco planejamento."

Não poderia haver roteiro melhor para esse mochileiro assumido que desde criança não se contenta em ficar no mesmo lugar. "O mochileiro é aquele que gasta pouco, mas vive intensamente o lugar, mais até do que os turistas tradicionais. Está aberto para novas amizades e para fazer intercâmbio cultural", explica o ator que também trabalha como repórter desde os 15 anos, muito antes de se formar no curso de jornalismo.

E é com esse espírito de viajante que Bruno compartilha suas experiências mundo afora para o público do programa, transmitido pelo canal pago Multishow, que chega a sua terceira temporada.

Mesmo com tantas horas de estrada no currículo, em destinos no Brasil e no exterior, o apresentador ainda consegue recomendar alguns roteiros turísticos. O preferido é Miami, nos Estados Unidos, onde frequenta desde a infância. "A cidade tem uma atmosfera muito parecida com a do Rio. Tem praias, restaurante, boa vida noturna e muita gente bonita." Mas Bruno alerta: "É diversão para solteiros".

Nem só com badalação se fazem as viagens do apresentador. Na Europa, Bruno considera a capital italiana uma surpresa. "Em Roma, não é preciso visitar museus ou galerias de arte. Está tudo no meio da rua." Londres, Liverpool e cidades da Escócia são outros destinos europeus que fascinaram De Luca. Nas Américas, as recomendações são a "européia" Buenos Aires, capital da Argentina, e cidades litorâneas norte-americanas como San Diego e Santa Monica.

No Brasil, o destaque fica para Porto Alegre e sua intensa cena cultural. "Embora não tenha praias, a capital gaúcha é ideal para conhecer novas bandas musicais, áreas dedicadas às artes e ao grafite, além da excelente gastronomia gaúcha', confessa o ator. E se a ideia for aliar cultura e diversão, Bruno recomenda Recife, pois "não é um lugar só de praias, a cidade tem uma cultura local muito particular no Nordeste".

Se a sede de novos lugares seguir com Bruno, seu programa deve ter vida longa. Como diz o próprio apresentador, "o destino não é o mais importante. É preciso viajar sempre, mas com qualidade". E qualidade para ele certamente significa colocar os pés na estrada, "viajar na paz e conhecer gente nova".