UOL Viagem

28/02/2009 - 14h46

Uma jornada pelo coração do Oriente Médio

MARCEL VINCENTI
Colaboração para o UOL, da Síria à Jordânia

Marcel Vincenti/UOL

Retratos da família al-Assad, que controla a Síria há 38 anos, são encontrados por toda parte

Retratos da família al-Assad, que controla a Síria há 38 anos, são encontrados por toda parte

- "Documentos, por favor".
O uniforme de bigode pega meu passaporte e o abre. Folheia-o lentamente.
- "Onde está seu visto?"
- "Não tenho. Posso tirá-lo aqui?".
A cara do oficial, atrás do vidro, ganha um ar severo e, até a resposta, alguns segundos de silêncio.
- "Já foi para Israel?"
- "Não, nunca".
- "E por que você quer visitar a Síria?".
Pendurado na parede, o retrato do presidente Bashar al-Assad me fita com uma serenidade assustadora. Alguém, ao fundo, martela o teclado de um computador.
- "Quero conhecer Damasco e... Palmyra também".

O agente retoma o silêncio; continua perscrutando meu documento de viagem. O edifício da imigração está vazio. A sala, branca, é de uma frieza glacial. Lá fora, o sol do deserto.

Estou nervoso. Saí de Amã, capital da Jordânia, no começo da tarde, rumo a uma Damasco incerta. Eu não tinha o visto sírio. E li que seria difícil consegui-lo na fronteira. Dividi o táxi com um empresário iraquiano e um senhor jordaniano, careca e de bigode, que nada falava. O motorista era palestino.

Eu, por minha vez, tive sorte em ser brasileiro. Todos gostam de brasileiro nesta parte do mundo. O oficial, a feição mais leve, fecha meu passaporte e dispara:

- "Muito bem. Preencha este formulário e pague 28 dólares. E, da próxima vez que vier à Síria, tire o visto antes".

Preencho, pago, concordo, ganho o carimbo e deixo o guichê rapidamente. Deu certo. Por 28 dólares.



Um outro país

O Departamento de Estado norte-americano classifica a Síria como "Estado Patrocinador do Terrorismo". Isso mesmo; em letras maiúsculas. Diz que o país apóia organizações como o Hizbollah, o Hamas e a Jihad Islâmica palestina - todas consideradas terroristas. Uma nação-encrenca, pelo menos na visão da grande potência.

Os retratos da família al-Assad, que controla a Síria há 38 anos, estão em cada cidade, cada estrada deste território. E ajudam a enviesar a sua própria imagem: Hafez, o patriarca, e os filhos Bashar e Basil aparecem, quase sempre, envergando boinas e uniformes militares. Autoritários óculos Ray-Ban lhes adornam as faces. Um assombro.

A verdade, porém, é que, no Ocidente, são escassas as informações que nos chegam deste remoto país árabe. A Síria tem, sim, um governo controverso. Hafez al-Assad, então ministro da Defesa, subiu ao poder em 1970, após golpe de estado. Morreu em 2000 e deixou a caneta (e as forças armadas) ao filho Bashar.

Ambos nunca esconderam seu ódio a Israel. Liberdades de imprensa e de expressão, sob o comando da família, sempre foram, e continuando sendo, inexistentes. E reza a lenda que há espiões por toda a parte, prontos para delatar qualquer piada contra o governo.

Mas a Síria não é apenas um uniforme militar, ou um paletó burocrático. Sua história, mais de cinco mil anos de civilizações, está entre as mais ricas do planeta. E sobre os seus habitantes, é fácil dizer: a maioria deles é a personificação da tão apreciada afabilidade árabe.

Damasco está aí, na janela do táxi. A cidade continuamente habitada mais antiga do mundo, segundo alguns livros. Uma história perdida no tempo, mas presente, de forma etérea e concreta, na atmosfera da metrópole.

Urbe ancestral

É final de tarde. Os minaretes da Grande Mesquita conclamam os fiéis às orações. Erguido entre 705 e 715 DC, o templo ocupa o lugar de uma igreja bizantina. Os autores do despejo: os Umayyads, tribo árabe que, entre os século 7 e 8 DC, construiu um dos grandes impérios da história. Fincariam bandeiras da Espanha até o norte da Índia. E adotariam Damasco como capital.

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Mulheres saem de mesquita no norte da Síria. Quase 90% da população do país é muçulmana
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Saladino, o guerreiro curdo que tomou Jerusalém dos cruzados em 1187, está sepultado aqui. E a mesquita é, de alguma forma, o centro nervoso da cidade. Ao seu redor, sob as colunas do Templo de Júpiter romano, bazares vendem de tudo: colares de ouro e sacos de amendoim, café brasileiro e mate argentino, broches do líder do Hizbollah, Hassan Nasrallah, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh.

Mulheres de burca negra, cobertas dos pés à cabeça, cruzam as vielas com os filhos no colo. Os homens cuidam do comércio. Alguns usam o keffiyeh, o pano árabe, quadriculado, que se fez célebre na cabeça de Yasser Arafat. Sorriem para os poucos turistas que passam e entoam, com sinceridade, um "seja bem-vindo".

No café An-Nafura, todas as noites, um senhor engraçado, chapeuzinho de Aladim, se senta em um trono e conta antigas histórias árabes. Tem nas mãos uma espada. O relato atinge o clímax e ele, em arroubo triunfal, solta um berro. O público, em uníssono, o aprova. E joga a fumaça das narguilés para o alto, que satura o ar com seu aroma doce.

Damasco já foi dominada por arameus, babilônios, persas, gregos, romanos, mamelucos, otomanos, franceses. Hoje, entretanto, é uma urbe orgulhosamente árabe. Mas não totalmente muçulmana. Mais de 10% da Síria é cristã e sua capital não é exceção à regra. Ostenta importantes igrejas e carrega a honra de ter o seu nome citado na Bíblia.

A cidade é, também, um dos principais centros de aprendizado da língua árabe no mundo. Conheci estrangeiros, muitos dos Estados Unidos, muitas mulheres, que se instalaram em Damasco especialmente para estudar o idioma. Salaam aleikum ("que a paz esteja com você"), a forma usual de cumprimento na região, é, sem dúvida, uma introdução que fascina.

Enclave cristão

A cidade de Ma'lula, a 50 quilômetros de Damasco, é um enclave cristão no meio da Síria. Abriga belos mosteiros, lendas de milagres e o mais importante: gente que ainda se comunica em aramaico, o idioma que, acredita-se, falava Jesus Cristo.

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A cidade de Ma'lula, na Síria, é um dos poucos lugares do mundo onde pessoas ainda se comunicam em aramaico
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O aramaico foi uma língua amplamente usada no Oriente Médio até meados do século 7 DC. As conquistas territoriais do islã, e a conseqüente propagação da cultura árabe, acabaram por sepultá-lo.

Ma'lula tem aproximadamente oito mil habitantes, hoje parte deles muçulmanos, muitos deles fluentes apenas em árabe. Mas o local ainda preserva seu halo de território santo. Sou acolhido pelo convento greco-ortodoxo Santa Tecla, 13 freiras, que me presenteiam com a melhor noite de sono do ano.

Dizem as monjas que Tecla foi discípula de Paulo de Tarso, mais tarde conhecido como São Paulo. Vivia no que é hoje a Turquia, e fugiu para a Síria após ser perseguida por causa de seu cristianismo. Em um episódio à la Mar Vermelho, Tecla, ao ver seu caminho bloqueado por uma montanha, rezou. E Deus abriu uma fenda no meio do colosso de pedra, para que ela passasse. Seu corpo está sepultado em uma gruta, integrada ao convento.

A tal fenda é hoje um cânion de 30 metros de altura, que serpenteia ao lado da casa monástica. E Ma'lula, em sua coleção de paisagens, constitui um belo povoado. Sua topografia é delineada por imponentes formações rochosas. Casas simples e coloridas se colocam, desafiadoras, na rota de pedregulhos que, lá de cima, parecem prontos para rolar ladeira abaixo. Montanhas nevadas, em épocas de inverno, podem ser vistas no horizonte, o branco do gelo a contrastar com as areias do deserto.

Já o aramaico é, atualmente, mais uma segunda língua do que o idioma oficial de Ma'lula. As próprias freiras do convento conversam em árabe. Mas a cidade se ergue, ainda nos dias que correm, como um legítimo recanto cristão no meio da Síria.

O reino da voluntariosa Zenobia

Uma cidade que teve o aramaico como idioma oficial foi Palmyra. Localizado em um oásis a 210 km de Damasco, esse vilarejo está quase na fronteira com o Iraque. Uma latitude perigosa nos dias de hoje. Mas nem sempre foi assim. Durante um milênio, Palmyra, sob outros nomes, destacou-se como importante entreposto comercial. Produtos que vinham da Ásia, rumo ao Mediterrâneo, tinham que passar por sua jurisdição.

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Meninos jogam futebol no deserto de Palmyra, na Síria, com mesquita ao fundo
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Recebeu seu nome atual após ser capturada pelos romanos no começo do século 1 DC. Rica, militarmente forte, e desfrutando certo grau de autonomia política, a cidade começou a conquistar. Sua rainha, a voluntariosa Zenobia, ordenou, em 270 DC, a invasão da Anatólia e declarou independência de Roma. Grande erro. Como represália, o imperador Aureliano a destituiu do trono e destruiu parte de Palmyra. A cidade, no entanto, ou o que sobrou dela, continuou sendo, por alguns séculos, um relevante centro comercial do Oriente Médio.

Hoje, Palmyra é uma coleção de ruínas, belas ruínas. Templos dedicados aos deuses Bel (associado ao sol e à lua) e Baal Shamen (associado às chuvas) ainda se mantêm eretos, no meio do deserto dourado. No alto de uma colina, o Qala'at ibn Mann, um castelo do século 16, silencioso e solitário, é o principal dos tempos de glória e decadência da cidade.

Um reino quase pacífico no Oriente Médio

Recomendo a Síria a qualquer turista. O país exala história e exotismo. Mas tenho que confessar: há, lá, uma certa tensão no ar. Talvez sejam os Ray-Bans dos al-Assad. Talvez, os potenciais espiões na mesa de trás. Ou, ainda, a perigosa tensão que existe entre Damasco e Jerusalém (a Síria não esqueceu as derrotas nos conflitos com Israel no século passado. O principal deles: a Guerra dos Seis Dias, de 1967, quando perdeu as colinas de Golã para o vizinho-inimigo). De qualquer maneira, tudo agrega para a arrebatadora aventura que é viajar por este país árabe.


As coisas mudam, porém, quando eu retorno à Jordânia. O rei Abdullah 2º, sob seus bondosos olhos azuis, sorri ao lado da rainha Rania, uma linda kuwaitiana com a qual se casou em 1993. Os quatro filhos estão ao lado, frescos e felizes na foto. O próprio nome, Reino Hashemita da Jordânia, apesar de extravagante, denota uma ordem que beira o bocejo.

O país, contudo, iria me surpreender. Apesar de Amã, sua capital, não ser tão interessante como Damasco, a Jordânia ostenta dois dos lugares mais belos do Oriente Médio: Petra e o deserto do Wadi Rum. No caminho às duas atrações, uma visita a um recanto bíblico: o Mar Morto.

Moisés subiu no Monte Nebo e, lá de cima, avistou a terra prometida. Faleceu logo depois. Já Jesus Cristo foi batizado nas águas do rio Jordão, na margem que corresponde ao Reino Hashemita. E é na região do Mar Morto onde ficavam, acredita-se, as cidades de Sodoma e Gomorra --que, por pecadoras, foram, segundo o livro sagrado, destruídas pela fúria de Deus.

O Mar Morto (que, na verdade, é um lago) está localizado a 400 metros sob o nível do mar. Suas margens são o ponto seco mais baixo da superfície terrestre. E a alta salinidade de sua água impede a existência de quase todo o tipo de vida. Apenas as bactérias sobrevivem.

Na areias da parte jordaniana do lago (o país o divide com Israel e Cisjordânia) um grupo de 13 mulheres palestinas faz um piquenique. Cantam músicas em árabe e me convidam para tomar chá. Algumas são refugiadas; outras, de famílias de refugiados. Uma coleção de vidas amargas, mas que não lhes tirou a doçura do caráter.

A Jordânia tem uma população palestina enorme: aproximadamente 1,93 milhão de pessoas (quase um terço do país, que conta seis milhões), segundo dados da ONU. São refugiados, ou descendentes de refugiados, da guerra árabe-israelense de 1948. E há mais: outros milhares de palestinos escaparam para o reino Hashemita durante os conflitos posteriores (a Guerra dos Seis Dias, de 1967, entre eles) e após invasão iraquiana ao Kuwait em 1990 (muitos deles trabalhavam na pequena nação do Golfo Pérsico).

Lidar com tamanho contingente de deslocados nem sempre foi fácil. E a monarquia jordaniana já se viu ameaçada pelo imbróglio. O caso de 1970 é o mais emblemático: no evento que ficou conhecido como Setembro Negro, guerrilhas palestinas entraram em conflito armado com o governo do rei Hussein bin Talal.

Entidades como a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) já haviam se estabelecido, no final dos anos 1960, como um poder-paralelo dentro da Jordânia. Controlavam parte do território e usavam o país como base para atacar Israel. E agregue-se: estavam descontentes com os contatos amigáveis que o reino ensaiava com o estado judeu.

No começo de setembro 1970, a milícia Frente Popular para a Libertação da Palestina seqüestrou cinco aviões internacionais, e pousou três deles em solo jordaniano. Queria a soltura de guerrilheiros detidos na Europa e em Israel. Após uma negociação que durou semanas, teve suas demandas atendidas e libertou os reféns. Mas, antes, explodiu as aeronaves na frente de câmeras de televisão.

Toda a crise, somada às tentativas de assassinato sofridas pelo monarca Hussein, jogaram o país dentro da guerra civil. Calcula-se que pelo menos 3,5 mil pessoas tenham morrido em decorrência dos conflitos entre as guerrilhas e o exército do reino.

Sim. A Jordânia me enganou: de pacata não tem nada.

Marcel Vincenti/UOL
O Ad-Deir (o Monastério) é uma das principais obras arquitetônicas de Petra, no sul da Jordânia
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A cidade de pedra

Continuo minha viagem em direção ao sul da Jordânia e, no meio do caminho, está Petra. O que dizer? Difícil descrever a sensação de se entrar nesta cidade irreal, onde templos e tumbas emergem das montanhas de arenito. Petra é vermelha, rósea, labiríntica, voluptuosa. Seus caminhos cruzam cânions estreitos, sobem encostas sinuosas e descem a silenciosos vales. Beduínos, os nômades do deserto, passam pela paisagem com seus cavalos, cabras e camelos.

Os nabateus, tribo árabe que se estabeleceu na região há mais de 2,2 mil anos, foram os principais escultores desta cidade. Souberam transformar o maleável arenito em belíssimas peças de arquitetura. O Al-Khazneh ("o Tesouro"), obra do século 1 a.C., é o mais famoso deles. Foi feito como mausoléu real e sua fachada, de inspiração helenística, impressiona pelas dimensões: tem 43 metros de altura por 30 de largura.

Os nabateus foram influenciados pelas grandes civilizações de sua época, como os egípcios, gregos e romanos, principalmente em suas concepções arquitetônicas.
No alto de uma das montanhas que cercam Petra está mais uma obra de arte: o Ad-Deir ("o Monastério"), outro mausoléu, mas que foi utilizado, no século 5 d.C., como igreja bizantina. Para visitá-lo, turistas preguiçosos sobem no lombo de pobres burricos e os fazem encarar os 800 degraus que levam até o topo.

Petra foi uma cidade poderosa. Os nabateus a colocaram na rota das caravanas que, rumo ao Mediterrâneo ou ao Mar Vermelho, cruzavam a península arábica. Desenvolveram sistemas de irrigação e construíram represas para armazenar a água das chuvas que, de vez em quando, caíam sobre o deserto.

Em seu auge, Petra chegou a ter 30 mil habitantes. Mas o poder dos nabateus a transcendia. Eles formaram um império, econômico e militar, e que ia da península do Sinai, hoje Egito, até Damasco.

Petra foi anexada, em 106 d.C., ao Império Romano. Era a capital da província Arábia e continuou sendo uma importante cidade do Oriente Médio. Seu declínio veio nos séculos seguintes, com a mudança das rotas comerciais. Terremotos, um deles ocorrido em 551 d.C., também contribuiu para o abandono da cidade.

Após ter sido utilizada como forte pelos cruzados no século 12 d.C., Petra perdeu-se no tempo e no espaço. Seria redescoberta, em 1812, pelo viajante suíço Johann Ludwig Burckhardt.

Marcel Vincenti/UOL
O deserto do Wadi Rum, no sul da Jordânia, concentra grande número de beduínos
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O deserto de Lawrence

Minha viagem pela Jordânia chega ao fim. Ou melhor, a um novo começo. Estou no deserto do Wadi Rum e sua paisagem extraterrena, irreal, brinca com meus olhos. A areia é vermelha, densa, fofa, e pontuada por tímidos arbustos verde-pálido. Montanhas colossais, cada uma com seu próprio desenho, fecham o deserto em um vale infinito. O céu está azul, e as sombras das nuvens deslizam pela superfície marciana do Wadi Rum.

O arqueólogo britânico T. E. Lawrence liderou daqui a revolta árabe que, durante a Primeira Guerra Mundial, ajudou a expulsar os otomanos do Oriente Médio. Mas, como é de se supor, não foi cumprida a promessa de que a vitória daria aos árabes uma nação soberana. Síria e Jordânia só ganhariam sua independência (de França e Reino Unido, respectivamente) em 1946. Mesmo assim, sacanices à parte, a visão enleva. Impossível não imaginar Lawrence da Arábia, o herói, sobre seu cavalo, liderando uma horda de beduínos por esse deserto épico. Impossível.

Veja mais: Fotos da passagem de Marcel pela Síria e pela Jordânia

* O mochileiro Marcel Vincenti, 25 anos, partiu dia 9/4/08 para uma volta ao mundo de 12 meses e mostra todo mês em UOL Viagem o que tem visto por aí. Saiba mais

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