Temporada brasileira de cruzeiros movimentou 732 mil passageiros
Um total de 732.163 pessoas viajaram nos transatlânticos que fizeram temporada no Brasil entre 2012 e 2013, informou nesta terça-feira (14) a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar). Ao todo, foram 280 atracações em 19 portos nacionais ao longo de quase seis meses.
De acordo com a entidade, o número de viajantes transportados é 9% menor que o registrado em 2011/2012, quando navegaram pelo litoral do país 805.189 passageiros.
Uma das causas para esse decréscimo de público, segundo a Abremar, foi a diminuição da quantidade de navios que têm realizado temporada no Brasil nos últimos anos: foram 17 transatlânticos em 2011/2012 e apenas 15 embarcações em 2012/2013 (esses números referem-se apenas aos navios que cumprem temporada completa no país, realizando embarques e desembarques nos portos brasileiros durante toda a época de cruzeiros. Há outros navios que passam esporadicamente pelo Brasil que não entram na contagem).
Para o próximo verão, a queda da oferta deve continuar. Recentemente, a Abremar informou que apenas 12 ou 13 transatlânticos irão fazer temporada no país entre 2013 e 2014. O motivo? O alto custos de operação no Brasil. "O Brasil é um dos países mais caros do mundo para as companhias de cruzeiro", diz o vice-presidente executivo da Abremar, Cláudio Carneiro. "As tarifas portuárias são altas e têm um impacto muito grande em nosso negócio. Hoje, muitas empresas preferem operar na Argentina, em detrimento do mercado brasileiro"
Segundo a Abremar, o preço cobrado para um navio atracar em um porto brasileiro chega a ser 2000% mais alto que o verificado em países da Europa.
Hoje, os portos mais caros do país para a praticagem são Salvador (US$ 109.707,80 por cada entrada e saída de navio), Santos (US$ 44.799,00), Ilhabela (US$ 37.675,00) e Rio de Janeiro (US$ 23.602,00). Atracar na cidade santista, por exemplo, chega a ser 1080% mais caro do que entrar com um navio no porto de Barcelona, na Espanha.
Carneiro, porém, afirma que o país tem totais condições de receber pelo menos 20 navios por temporada no futuro e movimentar um maior número de cruzeiristas. “Mas, primeiro, temos que melhorar os custos de operação para nossas empresas", diz ele.
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